ANO I > JULHO 2015
RES:
MASTROTTI
Em que pé está o mercado que você atua?
RES: Atuo hoje com caricaturas ao vivo no mercado corporativo.
Existe muita gente atuando neste mercado mas poucos atendendo o cliente como se deve.
Normalmente o caricaturista não conhece o mundo corporativo e por esta razão faz o que quer.
Neste mercado é preciso saber atender e conheço pouca gente que sabe fazer isso de verdade.
Atuo em menor grau no mercado independente de edição de livros cooperados de humor e tiras. Sua produção nunca foi tão grande e a pergunta que não quer calar continua sendo a mesma: quem compra nossa produção?
Fui em vários lançamentos que o público eram outros desenhistas apenas.
Qual o seu método para estimular a criatividade?
RES: Ter repertório diverso é fundamental para ser criativo.
Procuro alimentá-lo de forma diversa.
Existe um "roteiro da fama" para aqueles que querem dar uma guinada na carreira de desenhista?
RES: Aqueles que buscam fama apenas, não chegam a lugar algum.
Ter conteúdo é fundamental para comunicar.
Quais os autores (tiras, quadrinhos) que você indica a leitura?
RES:
Se alguém quer aprender como se faz histórias em quadrinhos de verdade leia Will Eisner.
O que é indispensável para uma produção independente?
RES: Forma e conteúdo devem estar equilibrados. É comum ver desenhos fantásticos com roteiros fracos e vice-versa.
O que ninguém fala sobre a profissão de desenhista?
RES: Que no Brasil você precisa aprender a ser vendedor de seu próprio trabalho e a maioria detesta fazer isso.
Como seria o esboço do Brasil Mastrottiano?
RES: O Brasil é um país maravilhoso com uma cultura de espoliação histórica da coisa pública. Daqui a cem anos teremos um país melhor se começarmos a limpar a sujeira agora.
O Brasil Mastrottiano seria um país mais justo e socialmente inclusivo.
Abs
Mastrotti